Devido à pandemia de Covid-19, as escolas foram obrigadas a suspender as aulas presenciais e adotar modelos de educação a distância. O Colégio Bandeirantes optou pelas atividades assíncronas, em que os alunos poderiam assistir videoaulas gravadas no horário e no ritmo de preferência. Os professores, de uma hora para outra, precisaram se tornar produtores de material audiovisual. A Zeigeist e Drica Guzzi foram acionadas pelo Bandeirantes para ouvir e entender como alunos, professores e funcionários lidavam com a nova realidade. Com os resultados dessa pesquisa de escuta ativa foi possível elaborar um manual de boas práticas para produzir videoaulas.

Ao ouvir os alunos em grupos focais e em uma pesquisa quantitativa online a Zeigeist conseguiu identificar características das videoaulas que eram melhor assimiladas e tornavam o processo de aprendizagem mais fluído. O Manual de Boas Práticas de Videoaulas compilou essas dicas para que os professores do Colégio Bandeirantes de maneira bem objetiva e simples. Por exemplo, os alunos preferem quando o professor aparece no vídeo em vez de apenas um slide estático e o áudio. O Manual trazia também conceitos sobre roteiro, edição, iluminação, enquadramento, som e a própria linguagem audiovisual.

A parte mais rica do Manual foi a colaboração dos próprios professores do Bandeirantes. Na pesquisa quantitativa, os alunos indicavam as videoaulas que mais gostavam. A partir desse resultado, os professores e professoras autores desses vídeos foram entrevistados para que eles dessem dicas de como produziam suas peças. Eles contaram como faziam o planejamento e roteiro, quais equipamentos utilizavam, quais as dificuldades e como as superaram etc.

Segundo Drica Guzzi, a experiência da pandemia ensinou que todos fazem parte da solução para esse período tão desafiador. As melhorias devem partir de todos os envolvidos, para isso é necessário criar mecanismos de escuta e devolução das informações.