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Drica No último dia 9 de julho de 2024, Drica Guzzi e Amanda Brito participaram de um evento online promovido pelo movimento Articulação Mulheres Negras de Minas Gerais. Drica e Amanda falaram sobre o Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC) e a plataforma 72horas. O encontro fez parte da programação do mês Julho das Pretas, que inclui vários encontros virtuais para discutir a violência política contra candidaturas de mulheres negras em Minas Gerais. O evento reuniu pré-candidatas nas eleições municipais de 2024, ativistas de movimentos por igualdade racial e defensores da participação das mulheres na política. Pessoas de cerca de 40 municípios mineiros estavam presentes.

Drica e Amanda discutiram a legislação do FEFC, que obriga os partidos políticos a destinarem 30% dos recursos para candidaturas de mulheres e proporcionalmente à quantidade de candidaturas negras. Elas também explicaram sobre a plataforma 72horas, que permite acompanhar a distribuição do Fundo Eleitoral com agilidade e analisar como os partidos utilizam o FEFC por meio de vários filtros, principalmente de gênero e raça.

A plataforma 72horas demonstrou, nas últimas eleições, que a legislação foi desrespeitada sistematicamente, prejudicando de forma mais extrema candidaturas de mulheres negras. Nesse sentido, Drica e Amanda alertaram as pré-candidatas sobre o cuidado com o uso de recursos próprios e o endividamento para financiar suas campanhas eleitorais. Muitas vezes, as candidatas financiam suas campanhas com a promessa de um recurso do Fundo Eleitoral que nunca chega.

Segundo Drica, é importante a união das candidaturas femininas e negras para pressionar os partidos a liberarem os recursos. Durante o período das pré-candidaturas, todos os partidos buscam candidatas femininas para alcançar a cota mínima de 30%. Mas, já durante o período eleitoral, é muito difícil negociar com os partidos. A maioria não cumpre a legislação e depois os parlamentares articulam e aprovam anistias, como ocorreu no dia 11 de julho.

Para Drica e Amanda, está claro que o subfinanciamento de campanhas eleitorais é uma forma de violência política de gênero e raça, e até mesmo patrimonial. Muitas candidatas negras terminam as eleições com dívidas e sem patrimônio, o que causa enormes prejuízos emocionais.

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